Da redação c/ Assessoria PJC e MPMT
Cerca de R$ 2,5 milhões foram bloqueados do grupo criminoso que usava empresas do setor de produção de eventos e shows para fraudar processos licitatórios em diversos municípios de Mato Grosso. Os números foram divulgados pelos delegados Pablo Borges Rigo e Adriano Marcos Alencar, responsáveis pelas investigações.
Na operação "Cenário Montado", realizada pela Polícia Civil e Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), 58 ordens judiciais foram expedidas, entre elas mandados de busca e apreensão, sequestro de bens e valores financeiros, além da quebra de sigilo bancário e fiscal dos investigados.
Segundo a Polícia Civil, foram apreendidos 31 veículos, caminhões, reboques e semirreboques, carros de passeio, quatro embarcações; duas motos; três imóveis; além do bloqueio de valores que somam R$ 2.507.524.
De acordo com as investigações, o grupo criminoso criava empresas de fachada ou utilizava “laranjas” para registrar as organizações formalmente. Com esses CNPJs, o grupo participava de licitações públicas, simulando uma competição que, na realidade, não existia. Assim, garantiam que uma das empresas vinculadas ao esquema fosse sempre a vencedora.
As investigações apontaram que essas empresas não possuíam estrutura física, funcionários ou movimentação financeira compatível com os contratos firmados. Os envolvidos podem responder por crimes como: Fraude à Licitação, Lavagem de Capitais, Associação Criminosa e Falsidade Ideológica.
O nome "Operação Cenário Montado" reflete a dinâmica do esquema fraudulento, em que empresas de fachada simulavam uma concorrência legítima em licitações públicas.
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