Presidente afastado da UPBus se entrega à polícia e é preso por suspeita de ligação com o PCC

O presidente afastado da empresa de ônibus UPBus, Ubiratan Antônio da Cunha, foi preso na noite desta segunda-feira (7) após se apresentar espontaneamente no 50º Distrito Policial do Itaim Paulista, na Zona Leste de São Paulo. Ele estava com a prisão decretada pela Justiça e é investigado por suspeita de integrar uma organização criminosa e atuar em um esquema de lavagem de dinheiro ligado ao Primeiro Comando da Capital (PCC).

A UPBus, presidida por Ubiratan até ser alvo de investigação, é apontada como instrumento para movimentações financeiras ilícitas da facção criminosa. A empresa operava linhas de ônibus na Zona Leste da capital paulista, mas teve o contrato encerrado com a SPTrans em um processo iniciado em dezembro de 2024, após operação do Ministério Público de São Paulo.

Em janeiro deste ano, a Prefeitura de São Paulo, sob gestão de Ricardo Nunes (MDB), determinou a proibição definitiva das empresas UPBus e Transwolff de prestarem serviços de transporte coletivo na cidade. O rompimento contratual foi confirmado em fevereiro, após a administração municipal negar o último recurso apresentado pelas empresas.

Ubiratan chegou à delegacia por volta das 23h30, acompanhado do advogado Anderson Minichillo de Araújo. Após a formalização da prisão, ele foi encaminhado para a carceragem do 64º Distrito Policial, em A.E. Carvalho, onde aguarda audiência de custódia prevista para esta terça-feira (8).