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Mauro Cid diz ao STF que áudios vazados foram desabafo em momento de ?crise pessoal psicológica?

O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), afirmou nesta segunda-feira (9/6) ao Supremo Tribunal Federal (STF) que os áudios vazados nos quais critica a própria delação premiada foram gravados durante um momento de forte abalo emocional.

Por Balança Notícias

09/06/2025 às 16:34:05 - Atualizado há
Foto: ROSINEI COUTINHO/STF -

O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), afirmou nesta segunda-feira (9/6) ao Supremo Tribunal Federal (STF) que os áudios vazados nos quais critica a própria delação premiada foram gravados durante um momento de forte abalo emocional. Segundo ele, tratava-se de um desabafo pessoal e não de declarações formais.

"Foi um vazamento de áudios, sem consentimento. Tinha um desabafo de um momento difícil que eu e minha família estávamos passando. Onde mensagens de áudio da minha filha sendo vazadas pela imprensa. Matérias, fotos pessoais sendo vazadas. Eu vendo minha carreira militar, vida financeira acabada. O que gerou uma crise pessoal psicológica muito grande, o que nos leva a um certo desabafo com amigos", afirmou Cid durante interrogatório no STF.

As declarações ocorreram na audiência da ação penal que investiga a suposta tentativa de golpe para manter Jair Bolsonaro no poder após sua derrota nas eleições de 2022. Cid é um dos réus no processo.

Segundo o militar, os áudios não foram feitos de forma oficial nem têm caráter acusatório. "Nesses áudios, critico generais, políticos. Saí atirando para tudo quanto é lado. Foi mais um desabafar aquele momento ruim que a família estava passando. Não sei como esses áudios foram parar na mão da Veja", declarou.

Ainda durante o depoimento, Mauro Cid negou ter sofrido qualquer tipo de pressão por parte da Polícia Federal para firmar o acordo de delação. "Com relação aos investigadores da PF, em nenhum momento houve pressão. Eles tinham uma linha investigativa e eu tinha outra visão do que aconteceu dos fatos", disse.

Cid reafirmou que aceitou voluntariamente todos os termos do acordo de colaboração e confirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro teve contato com a chamada "minuta do golpe". O documento previa uma intervenção institucional para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), eleito presidente em 2022.

"Sim, [Bolsonaro] recebeu e leu. Ele enxugou o documento. Basicamente, retirou as autoridades das prisões. Somente o senhor [ministro Alexandre de Moraes] ficaria como preso. O resto, não", afirmou o tenente-coronel, se referindo ao atual ministro do STF, que presidia o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) à época da eleição.

O julgamento dos acusados teve início nesta segunda-feira (9/6) no Supremo, com os interrogatórios dos réus envolvidos no caso da suposta tentativa de golpe.

Fonte: COMANDO GERAL
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