Ibovespa sobe após IPCA de maio; dólar se mantém estável

Os mercados financeiros brasileiros reagiram com otimismo à divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de maio, que apresentou um resultado abaixo das expectativas. A inflação do mês ficou em 0,26%, a menor taxa para maio desde 2013, e o acumulado em 12 meses atingiu 5,32%. Ambos os números ficaram abaixo das projeções do mercado, que esperava 0,34% e 5,40%, respectivamente.

A recepção favorável impulsionou o Ibovespa, o principal índice da Bolsa brasileira (B3), que encerrou o pregão com alta de 0,54%, alcançando 136.437 pontos. Já o dólar à vista manteve-se praticamente estável, com uma valorização marginal de 0,14%, cotado a R$ 5,57.

Petrobras em Destaque e Expectativas sobre Tributação

As ações da Petrobras (PETR3;PETR4) foram um dos grandes destaques do dia, recuperando-se das perdas recentes e subindo mais de 3% nesta terça-feira, o que contribuiu significativamente para o desempenho positivo do Ibovespa.

No cenário político-econômico, as discussões sobre o plano de compensações para o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) continuaram no radar dos investidores. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou que o governo proporá uma alíquota unificada de 17,5% de Imposto de Renda sobre rendimentos de aplicações financeiras.

Olhar para os EUA e Negociações Comerciais

No exterior, os índices de Wall Street fecharam em leve alta, em um dia marcado pela expectativa por novidades sobre as negociações comerciais entre Estados Unidos e China. Pelo segundo dia consecutivo, investidores acompanharam o andamento das conversas em Londres. Segundo a Reuters, os dois países concluíram as negociações comerciais, mas detalhes sobre os resultados ainda não foram divulgados.

Além disso, os agentes financeiros também aguardam novos dados de inflação dos Estados Unidos. O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos EUA será divulgado nesta quarta-feira (11), e as atenções devem se concentrar em possíveis sinais de aceleração dos preços causada pelas tarifas de Trump.