O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou neste domingo (16) que conta com o apoio de Gilberto Kassab, presidente nacional do PSD, para a aprovação do projeto de lei que propõe anistiar os envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou neste domingo (16) que conta com o apoio de Gilberto Kassab, presidente nacional do PSD, para a aprovação do projeto de lei que propõe anistiar os envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023. Na ocasião, manifestantes invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes, em Brasília.
A declaração foi feita durante um ato no Rio de Janeiro em defesa da libertação dos presos pelos atos antidemocráticos. Em seu discurso de cerca de 40 minutos, Bolsonaro afirmou que a proposta tem respaldo de parlamentares de diferentes siglas.
"E deixo claro aqui, esse 50% [de apoio ao projeto] não é PL, não. Tem gente boa em todos os partidos. Eu, inclusive, há poucos dias tinha um velho problema e resolvi com o Kassab, em São Paulo. Ele está ao nosso lado com a sua bancada para aprovar a anistia em Brasília. Todos os partidos estão vindo", declarou.
Atualmente, Kassab ocupa o cargo de secretário de Relações Institucionais do governo de São Paulo, sob o comando de Tarcísio de Freitas (Republicanos), um dos principais aliados de Bolsonaro. Caso se confirme o apoio da bancada do PSD, o projeto somaria 136 votos na Câmara dos Deputados, considerando também os parlamentares do PL.
Antes da fala de Bolsonaro, o líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), anunciou que vai protocolar um pedido de urgência para a tramitação do projeto de lei da anistia. A expectativa é que a solicitação seja apresentada na reunião do colégio de líderes da Casa na quinta-feira (20). Segundo Sóstenes, o número de assinaturas favoráveis ao projeto será uma "surpresa".
Bolsonaro, por sua vez, afirmou que a anistia tornará o 8 de Janeiro uma "data para ser esquecida" e criticou aqueles que associam os atos a uma tentativa de golpe. "Apenas uma minoria se lembrará da data para tentar emplacar uma narrativa mentirosa", disse.
O ex-presidente também atacou a oposição ao afirmar que o campo político sempre foi beneficiado por anistias e agora se posiciona contra o perdão aos detidos pelos atos de janeiro de 2023. "Por que a esquerda está contra a anistia? Já que eles, ao longo da história, sempre foram beneficiados com ela?", questionou.
Bolsonaro ainda comentou as investigações que apuram seu envolvimento na tentativa de golpe e afirmou que continuará sendo um "problema" para seus adversários, independentemente de sua situação judicial. "Estando preso ou morto", declarou.