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EUA divulgam últimos documentos sobre o assassinato de John F. Kennedy

Os Arquivos Nacionais dos Estados Unidos publicaram nesta terça-feira o último conjunto de documentos relacionados ao assassinato do ex-presidente John F.

Por Balança Notícias

18/03/2025 às 21:35:06 - Atualizado há
Foto: CBN

Os Arquivos Nacionais dos Estados Unidos publicaram nesta terça-feira o último conjunto de documentos relacionados ao assassinato do ex-presidente John F. Kennedy, ocorrido em 22 de novembro de 1963, em Dallas, Texas.

A divulgação desses arquivos, que ainda alimentam teorias da conspiração mais de seis décadas após o crime, atende a uma ordem executiva assinada em janeiro pelo ex-presidente Donald Trump.

De acordo com a ordem, os documentos liberados incluem informações anteriormente classificadas não apenas sobre o assassinato de Kennedy, mas também sobre a morte de seu irmão, o ex-procurador-geral Robert F. Kennedy, e do líder dos direitos civis Martin Luther King Jr.

Segundo o site dos Arquivos Nacionais, a grande maioria das 6 milhões de páginas relacionadas à investigação já foi desclassificada. Muitos desses registros podem ser consultados na página da Mary Ferrell Foundation, uma organização dedicada ao estudo do caso.

"O assassinato de Kennedy é uma história em constante evolução", afirmou Rex Bradford, presidente da fundação, ao Washington Post. "Cada nova publicação nos traz detalhes que completam o cenário."

A liberação desses documentos faz parte de um processo iniciado há décadas. Em 1992, o Congresso dos EUA aprovou a JFK Assassination Records Collection Act, que determinava a divulgação de todos os arquivos relacionados ao caso em um prazo de 25 anos. Em 2017, quando o prazo venceu, Trump autorizou a publicação de alguns documentos, mas manteve outros sob sigilo por razões de segurança nacional.

O processo continuou sob a administração de Joe Biden, que em 2022 ordenou a divulgação de milhares de páginas adicionais, mantendo, no entanto, algumas restrições. Com esta última liberação, os Arquivos Nacionais afirmam que praticamente todos os registros do caso estão agora disponíveis ao público.

Assassinato e teorias da conspiração

John F. Kennedy foi morto enquanto desfilava em um carro conversível pelo centro de Dallas. Segundo a versão oficial da Comissão Warren, o responsável pelo crime foi Lee Harvey Oswald, um ex-fuzileiro naval que havia vivido na União Soviética e tinha ligações com grupos comunistas.

Oswald foi preso logo após o assassinato, mas foi morto dois dias depois por Jack Ruby, dono de uma boate em Dallas, o que intensificou as suspeitas de uma possível conspiração.

Ao longo dos anos, diversas teorias contestaram a versão oficial, sugerindo a participação da CIA, da máfia, do governo cubano de Fidel Castro ou até mesmo de setores do próprio governo dos EUA. A falta de transparência na divulgação dos documentos contribuiu para a permanência dessas especulações.

O historiador Jefferson Morley, especialista no caso, disse ao Washington Post que os arquivos divulgados nesta terça podem conter mais de 3.500 documentos anteriormente censurados, somando cerca de 15 mil páginas de informações, além de outros 2.400 registros do FBI.

Um dos pontos mais esperados é o acesso a depoimentos de altos funcionários da CIA sobre a vigilância a Oswald na Cidade do México, onde ele se encontrou com agentes cubanos e russos semanas antes do assassinato.

O jornalista Philip Shenon, autor de um livro sobre o caso, afirmou ao veículo norte-americano que os documentos podem trazer mais clareza sobre os contatos de Oswald no México. "Os registros já mostraram que ele falou abertamente sobre assassinar Kennedy com funcionários da embaixada cubana", disse.

Shenon ressaltou que, caso as novas revelações confirmem que a CIA ou o FBI tinham conhecimento das intenções de Oswald, a principal questão será: "Por que não alertaram Washington sobre o perigo que ele representava?".

Fonte: COMANDO GERAL
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