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PASSANDO A MÃO NOS OVOS

Preço do ovo: "Alguém está passando a mão", diz presidente Lula VEJA VÍDEO:

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se manifestou nesta quarta-feira (20) sobre a alta no preço dos ovos no Brasil.


Durante um evento em Brasília, o chefe do Executivo afirmou que a inflação dos alimentos continua sendo uma preocupação do governo e sugeriu que há algo errado na formação dos preços.

"Alguém está passando a mão. O preço do ovo não pode subir assim sem uma explicação plausível. Precisamos entender o que está acontecendo para tomar as medidas necessárias", disse Lula.

Nos últimos meses, o preço dos ovos – um dos alimentos mais consumidos pelos brasileiros, especialmente em períodos de alta da carne – registrou aumentos significativos. De acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), os ovos ficaram cerca de 15% mais caros nos últimos 12 meses.

Especialistas apontam que fatores como o aumento do custo da ração das galinhas, oscilações no preço do milho e da soja, além do impacto climático na produção, influenciam diretamente o valor do produto nas prateleiras. No entanto, Lula destacou que é preciso uma investigação mais aprofundada.

"Se está subindo por causa da ração ou do transporte, a gente precisa entender. Mas se for abuso, a gente vai tomar providências", acrescentou o presidente.

O governo federal já anunciou medidas para conter a inflação dos alimentos, como o fortalecimento da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) para garantir estoques reguladores. Além disso, o Ministério da Fazenda deve monitorar os preços de produtos básicos e avaliar possíveis ações para conter altas abusivas.

Enquanto isso, consumidores sentem no bolso os impactos. Em feiras e supermercados, o preço da dúzia de ovos pode variar entre R$ 10 e R$ 18, dependendo da região.

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) afirmou que a alta nos preços reflete custos operacionais e garantiu que não há irregularidades no setor. O Ministério da Agricultura ainda não se pronunciou sobre uma possível fiscalização.

Nos próximos dias, o governo deve reunir representantes do setor produtivo para discutir soluções e tentar conter a escalada dos preços.









REPRODUÇÃO: RURAL NOTÍCIAS

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