O deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), Max Russi (PSB), classificou como preocupante o surgimento de cemitérios clandestinos de facções criminosas em Mato Grosso. Esses locais foram descobertos recentemente em Lucas do Rio Verde, Rondonópolis e Várzea Grande, onde 4 corpos foram encontrados entre a última sexta-feira (14) e segunda-feira (17).
Ele disse que a Assembleia tem acompanhado esses casos de forma nada animadora. Questionado sobre o papel da Assembleia no combate ao crime organizado, Max afirmou que uma das possibilidades é o fortalecimento do trabalho da Comissão de Segurança da Casa de Leis.
"É uma notícia preocupante, confesso que a Assembleia não recebe isso nada animado, mas em contrapartida a gente quer desvendar isso. O que é esses cemitérios? Quem são essas pessoas? O motivo que surgiu nisso é facções, é outros motivos, enfim. E nós podemos fazer é acompanhar e a Comissão de Segurança fazer um trabalho mais específico de fiscalização em cima disso, para que seja esclarecida a sociedade de uma maneira geral", comentou o deputado em entrevista nesta semana.
"A imprensa está cobrando, a sociedade está cobrando, a Assembleia está cobrando, e nós precisamos de esclarecimentos nesse sentido. Passou o plano e deixou o gatilho. Não, longe disso. Nós precisamos achar realmente uma solução disso", completou.
Em janeiro, a Polícia Civil de Lucas descobriu um cemitério clandestino na cidade. Na ocasião, doze vítimas foram encontradas. Em Rondonópolis, na região Sul do Estado, foram localizados 11 corpos descobertos em fevereiro. Já em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá, foram encontradas 4 ossadas.
