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Lula promete ?negociar ao máximo? com os EUA, mas diz que Trump não pode ditar regras de outros países

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, neste sábado (29), que o Brasil buscará “negociar ao máximo” com os Estados Unidos para evitar a aplicação de tarifas sobre produtos brasileiros.

Por Balança Notícias

29/03/2025 às 14:37:07 - Atualizado há
Foto: G1 - Globo

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, neste sábado (29), que o Brasil buscará “negociar ao máximo” com os Estados Unidos para evitar a aplicação de tarifas sobre produtos brasileiros. A declaração ocorre em meio à expectativa de que o presidente Donald Trump anuncie novas tarifas no dia 2 de abril, com potencial para impactar setores como automóveis, madeira e chips.

Lula disse que o Brasil já iniciou conversas com representantes do comércio dos EUA e que pretende esgotar todas as possibilidades de diálogo antes de recorrer à Organização Mundial do Comércio (OMC) ou adotar medidas de reciprocidade. “Antes de fazer a briga da reciprocidade ou de fazer a briga na Organização Mundial do Comércio, a gente quer gastar todas as palavras que estão no nosso dicionário para fazer um livre comércio com os Estados Unidos”, afirmou o presidente.

“Eu sinceramente não sei o que vai acontecer na economia americana. Eu não sei se isso vai repercutir na inflação, no aumento da taxa de juros”, disse Lula.

Lula também criticou a postura de Trump, afirmando que o presidente americano “não é o xerife do mundo” e que foi eleito para governar os EUA, não para ditar regras para outros países. “O Brasil vai tentar negociar ao máximo, todas as palavras que estarão no nosso dicionário de negociação, nós vamos utilizá-las, mas não teremos preocupação em recorrer na OMC. Se não for resolvido, temos o direito de impor reciprocidade aos EUA. É simples assim. Não tem nenhuma dificuldade. Os EUA têm que saber que não estão sozinhos no planeta Terra”, declarou o presidente.

A expectativa é de que as novas tarifas de Trump atinjam também países que mantêm relações comerciais com a Venezuela. Parceiros comerciais dos EUA já estudam retaliar o anúncio. Projeções do governo americano indicam que a tarifa de 25% sobre carros, autopeças e caminhões leves importados pode injetar mais de R$ 5 trilhões na economia dos EUA, enquanto a indústria automotiva prevê um aumento de 10% nos preços dos automóveis.

Fonte: COMANDO GERAL
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