A Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor (CTFC) do Senado aprovou, na quinta-feira (20), um requerimento para convidar o presidente da Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ), João Luiz Fukunaga, a prestar esclarecimentos sobre o déficit de R$ 17,6 bilhões registrado no Plano 1 entre janeiro e novembro de 2024.
O pedido foi feito pelo senador Sergio Moro (União Brasil-PR), que questionou a discrepância entre o déficit atual e o superávit de R$ 14,5 bilhões registrado pela Previ em 2023. O senador também levantou suspeitas de possíveis atos de corrupção e ingerência política na entidade.
Em mensagem aos associados, Fukunaga atribuiu o déficit ao “cenário desafiador” de 2024, marcado pela “forte oscilação nos mercados acionários e a abertura da curva de juros impactando a renda fixa”.
O Plano 1 da Previ, criado em 1967, opera na modalidade de Benefício Definido e atende a 106.757 associados, sendo 97% aposentados e pensionistas. O plano é destinado aos funcionários do Banco do Brasil que ingressaram na instituição até 1997.
A gestão da Previ também é alvo de uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU), que apura as perdas do fundo em 2024.
No requerimento, Moro solicitou que Fukunaga apresente um relatório detalhado sobre os fatores que contribuíram para o prejuízo, bem como as estratégias e medidas que estão sendo implementadas para reverter o quadro. O senador também pediu informações sobre as competências profissionais do presidente da Previ e suas ações para o desenvolvimento da entidade.
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