A juíza Giovana Pasqual de Mello, da 4ª Vara Cível de Sinop, recomendou ao Grupo Safras - que tem entre os sócios o ex-prefeito de Sorriso, Dilceu Rossato - faça o pedido de recuperação judicial em um prazo de 15 dias. A magistrada fez a recomendação ao negar o pedido do Grupo para a concessão do chamado stay period, prazo que o Judiciário concede para proteção patrimonial para empresas que enfrentam crises devido a ações de execução. A decisão foi publicada no Diário Eletrônico de Justiça nessa quarta-feira (26/03).
O grupo solicitou o impedimento de quaisquer credores em procederem com constrições, bloqueios, retiradas, reintegrações de posse, busca e apreensão ou quaisquer outras medidas que prejudiquem o funcionamento das empresas que compõem o conglomerado, em especial (mas não se limitando) a suspensão da ordem de reintegração de posse de uma planta industrial que pertence à falida Olvepar, que opera no Distrito Industrial de Cuiabá.
A unidade industrial é explorada pela Safras há mais de quatro anos e alega estar em dia com os pagamentos (R$ 1,4 milhão mensais), mas, na semana passada foi notificada da necessidade de desocupação da planta, em três dias.
O Grupo, então solicitou cautelar em relação a Allos Participações (arrendatária original da planta) e a Carbon Participações Ltda. (adjudicatária do imóvel onde está situada a planta), defendendo que a concessão da tutela é necessária para evitar a descontinuidade das operações e assegurar a preservação da função social da empresa.
MIDIA JUR / ANGELA JORDÃO