A juíza Giovana Pasqual de Mello, da 4ª Vara Civil de Sinop, deferiu o pedido de recuperação judicial do grupo Agro Noro Ltda, assim como de seus sócios, o casal Eugenio Noro e Otília Mazzon. O grupo, com sede em Sinop e com operações também em Alta Floresta e Carlinda e atua no plantio de soja, milho e arroz, tem dívidas que chegam a R$ 200 milhões.
Os sócios, que atuam no setor desde 2007, relatam que a crise financeira teve início em 2012, quando sofreram um prejuízo significativo devido ao calote de uma empresa na compra de 60.000 sacas de milho, seguida de novas perdas em 2014 e 2016, em razão de fatores climáticos adversos, como os fenômenos La Niña e El Niño, bem como fraudes financeiras que impactaram sua liquidez.
Também apontam dificuldades decorrentes da greve dos caminhoneiros em 2018, da alta do dólar, da pandemia de Covid-19 em 2020, e do aumento dos juros e dos custos de insumos em 2021 e 2022.
Ressaltam que possuem condições de soerguimento e preservação das atividades produtivas A juíza apontou que a documentação e o parecer do perito judicial demonstraram comprovam o cumprimento das exigências previstas na Lei de Recuperação Judicial.
MIDIA JUR/ ANGELA JORDÃO