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Irã eleva tom contra EUA e Israel: Não temos medo de guerra?

A Guarda Revolucionária do Irã afirmou neste sábado que está preparada para qualquer guerra e que não recuará diante das ameaças dos Estados Unidos e de Israel, que cogitam bombardear centros nucleares iranianos.


Foto: Gazeta Brasil

A Guarda Revolucionária do Irã afirmou neste sábado que está preparada para qualquer guerra e que não recuará diante das ameaças dos Estados Unidos e de Israel, que cogitam bombardear centros nucleares iranianos.

"Não temos absolutamente nenhum medo da guerra. Não iniciaremos um confronto, mas estamos preparados para qualquer tipo de enfrentamento", declarou o comandante-chefe da Guarda, general Hossein Salami, segundo a agência estatal IRNA.

Durante um encontro com altos oficiais militares em Teerã, Salami afirmou que a Guarda Revolucionária está pronta tanto para operações militares quanto para ações psicológicas dos inimigos. "Não daremos um passo atrás", ressaltou.

"O inimigo, baseado em suposições equivocadas sobre a fragilidade do poder dissuasório do Irã, tenta nos forçar a escolher entre o confronto ou a aceitação de suas condições", declarou. Segundo ele, a força de elite que comanda foi criada "para grandes batalhas e para derrotar grandes inimigos".

Desde que retornou à Casa Branca em janeiro, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tem pressionado o Irã a negociar seu programa nuclear, com o objetivo de impedir que o país desenvolva armas atômicas. Ele chegou a ameaçar atacar instalações iranianas caso Teerã se recuse a negociar.

Paralelamente, Trump restabeleceu a política de "pressão máxima" sobre o Irã, visando reduzir as exportações de petróleo do país.

Teerã tem recusado manter conversas diretas sob ameaças, mas se mostrou disposto a realizar negociações indiretas. Neste sábado, o presidente iraniano, Masud Pezeshkian, reiterou que o Irã só aceita diálogo com os EUA "a partir de uma posição de igualdade".

"A República Islâmica do Irã quer diálogo com base na igualdade. Não é aceitável que nos ameacem de um lado e peçam negociações do outro", disse Pezeshkian durante uma reunião com o ministro da Ciência, Hosein Simaei Sarraf, e outros diretores da pasta.

O presidente iraniano também questionou o comportamento dos EUA: "Se querem negociar, qual é o sentido de ameaçar?". Para ele, os Estados Unidos não apenas humilham o Irã, mas o mundo inteiro, e essa postura contradiz qualquer chamado ao diálogo.

Na última segunda-feira, o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, alertou que os inimigos do país "receberão uma resposta forte e recíproca" caso o Irã seja atacado.

Nos últimos dias, o regime iraniano chegou a ameaçar desenvolver armas nucleares para usá-las contra os EUA e Israel. "Não estamos desenvolvendo armas (nucleares), mas se agirem de forma errada quanto ao programa nuclear iraniano, obrigarão o Irã a seguir por esse caminho, pois será necessário para se defender", disse Ali Larijani, assessor de Khamenei, à televisão estatal.

"Se, em algum momento, decidirem bombardear por conta própria ou por meio de Israel, forçarão o Irã a tomar outra decisão", continuou o ex-presidente do Parlamento. "O Irã não quer isso, mas pode não ter outra escolha", concluiu.

Larijani também argumentou que "Israel, sozinho, não pode enfrentar o Irã e sempre foi uma ferramenta dos EUA na região". Segundo ele, o governo israelense tenta arrastar Washington para um conflito direto com o Irã, exagerando a gravidade da situação.

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