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Dona de loja de curiosidades é acusada de vender ossos humanos no Facebook

Uma mulher de Orange City, na Flórida, está no centro de uma polêmica que gerou repercussão nacional nos Estados Unidos.


Foto: O Globo

Uma mulher de Orange City, na Flórida, está no centro de uma polêmica que gerou repercussão nacional nos Estados Unidos. Kymberlee Schopper, proprietária de uma loja de curiosidades chamada Wicked Wonderland, foi acusada de comercializar ilegalmente restos humanos por meio do estabelecimento e também através do Facebook Marketplace.

De acordo com o Departamento de Polícia de Orange City, a investigação teve início em dezembro de 2023, quando um morador local denunciou que a loja estaria vendendo ossos humanos pela internet. As publicações ofereciam fragmentos de crânio, costelas, vértebras, uma clavícula, um omoplata e até um crânio parcial, com preços entre US$ 35 e US$ 850.

As chamadas "lojas de curiosidades" são conhecidas por vender itens raros, antigos e inusitados — como peças de taxidermia e instrumentos médicos históricos. No entanto, a comercialização de restos humanos autênticos é rigidamente controlada pelas leis da Flórida. Embora a Wicked Wonderland se apresentasse como um espaço voltado para colecionadores e entusiastas do estranho, as autoridades constataram que diversos itens infringiam a legislação estadual.

A investigação, que durou 15 meses, revelou que Schopper e seu parceiro de negócios, Ashley Lelesi, adquiriram os restos de indivíduos particulares. Segundo o canal FOX 35 Orlando, Lelesi confessou que vendia ossos humanos há anos, mas alegou não saber que a prática era ilegal. Já Schopper afirmou que os fragmentos seriam "modelos educacionais" protegidos por lei — argumento rejeitado após análise das peças.

Exames indicaram que alguns dos restos tinham mais de 100 anos, enquanto outros superavam os 500 anos, o que levantou suspeitas sobre origem arqueológica e possível tráfico de patrimônio. O capitão Sherif El-Shami, da Polícia de Orange City, declarou ao Daytona Beach News-Journal: "Não é todo dia que se encontram ossos humanos autênticos sendo vendidos online. Sim, é ilegal vender restos humanos na Flórida. Fico feliz que isso tenha acabado".

Schopper chegou a ser detida, mas foi libertada após pagar fiança de US$ 7.500. Ela ainda responde por tráfico de tecidos humanos, enquanto Lelesi também poderá ser formalmente acusado. Após a repercussão, a Wicked Wonderland anunciou o fechamento temporário da loja e alterações no horário de funcionamento de fim de semana.

O caso reacende o debate sobre os limites éticos do mercado de curiosidades e a facilidade com que plataformas online, como o Facebook Marketplace, podem ser utilizadas para transações ilegais. Para o psicólogo Aaron Surtees, ouvido pela Newsweek, o comércio de partes humanas "é lucrativo, mas completamente antiético". Ele alerta que mesmo quando motivado por interesses obscuros não violentos, esse tipo de atividade continua sendo imoral e prejudicial à dignidade humana.

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