Durante uma visita à fábrica da montadora japonesa Nissan, em Resende (RJ), nesta terça-feira (15), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que o Brasil não pode continuar sendo dependente do programa Bolsa Família e ressaltou a importância dos investimentos em educação para o futuro do país.
"Eu voltei para a presidência da República para provar que este país não pode ser um país eternamente pobre, eternamente vivendo de Bolsa Família. Não. Precisamos fazer as pessoas se formarem adequadamente, aprender uma profissão, constituir família, terem prosperidade e viverem bem, num padrão de classe média", declarou Lula.
Atualmente, o Bolsa Família beneficia 20,5 milhões de famílias, com um repasse médio de R$ 668,65. O programa, que foi rebatizado de "Auxílio Brasil" no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e retornou ao nome original em março de 2023, representa um dos principais instrumentos de transferência de renda do governo federal. O investimento total no programa é de R$ 13,7 bilhões.
As regiões com maior número de beneficiários são o Nordeste, com 9,4 milhões de famílias, e o Sudeste, com 5,92 milhões de famílias. O Norte, Sul e Centro-Oeste seguem com números menores de beneficiários, totalizando 2,61 milhões, 1,45 milhão e 1,10 milhão de famílias, respectivamente. O valor do benefício varia de acordo com a composição familiar, incluindo adicionais para crianças, gestantes e adolescentes.
Em sua fala, o presidente também destacou que os avanços sociais no Brasil não são resultado de sorte, mas de políticas públicas planejadas. "As coisas não acontecem de forma gratuita. O que está acontecendo no Brasil não é sorte", afirmou.
Ao concluir, Lula mencionou a aspiração de elevar a posição do Brasil no cenário mundial: "Quisera Deus que este país só tivesse presidente que tivesse sorte. Quem sabe a gente estaria no G7, no G5, no G4. Quem sabe a gente fosse mais importante. Cansamos de ser tratados como país pobre e pequeno", concluiu.
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